Devemos olhar para o novo ano que se aproxima com uns olhos frescos e de mangas arregaçadas. Nem tudo é cinzento e há sempre esperança e trabalho a fazer.
Fotografia: Francisco Nogueira; Decor: Santo Infante
Se há coisa que os últimos anos nos ensinaram de forma clara, é a contarmos com o imprevisto e a sabermos planear a incerteza.
São as premissas com que tivemos de contar durante dois anos, e com que voltamos a contar num mundo marcado por volatilidades e incertezas económicas, assim como com uma guerra.
Assim, devemos olhar para o novo ano que se aproxima com uns olhos frescos e de mangas arregaçadas. Nem tudo é cinzento e há sempre esperança e trabalho a fazer.
Portugal tem vindo a observar, ao longo dos últimos anos, um enorme crescimento na construção, não apenas na reabilitação, mas também nas construções de raiz. Muitos projetos novos começaram, e muitos deles já terminaram, tendo sido vendidos ou habitados com sucesso.
Na incerteza em que vivemos, é importante termos um olhar holístico sobre o nosso país, para que tenhamos uma visão completa e assim preparar-nos para o futuro, com a convicção de que há ainda muito para fazer.
No setor da construção, e muito especialmente nos projetos que já estão a ser edificados, é pouco provável que venhamos a assistir a uma travagem repentina. Atrasos fazem parte e, pela conjuntura já identificada, poderão existir. É nos projetos que estão para arrancar que poderemos ver alguma desaceleração.
Este abrandar não tem apenas a ver com a incerteza económica, embora pese na balança de forma evidente, mas também pela falta de infraestrutura existente para o desenvolvimento de grandes projetos. É aqui que nos devemos focar. Olhamos para a Comporta, por exemplo, onde avançam grandes investimentos, mas não há infraestrutura subjacente para que possam efetivamente começar. Pode não faltar investimento e vontade de dar início, mas falta mão-de-obra local e alojamento para albergar eventual mão-de-obra externa que se desloque e permaneça na região.
O ano de 2023 representa assim uma continuidade da incerteza, e uma consequente mudança de paradigmas em todas as áreas. Mas também há-de vir com a confiança de estarmos bem preparados para lidarmos com o imprevisto e com a certeza de que Portugal continua a ser um mercado atrativo para o mercado imobiliário e de construção, tanto a nível nacional como internacional. O novo ano que nos chega vem com os seus desafios, mas virá também com a continuidade de novos projetos de construção e habitação.
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